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Bahia: diferenças entre revisões

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A '''Bahia'''{{Ref|1}}{{Ref|2}}<ref>{{citar web|url=http://www.priberam.pt/dlpo/dlpo.aspx?pal=baiano|título=baiano {{!}} s. m. {{!}} adj.|publicado=Dicionário Priberam da Língua Portuguesa|acessodata=3 de maio de 2009}}</ref><ref>{{citar web|url=http://www.portaldalinguaportuguesa.org/index.php?action=lemma&lemma=25485&highlight=^baiano$|título=baiano - adjectivo|publicado=[[Portal da Língua Portuguesa]]|acessodata=3 de maio de 2009}}</ref> ({{IPA-pt|baˈi.ɐ}}) é uma das 27 [[unidades federativas do Brasil|unidades federativas]] do [[Brasil]]. Está situada a [[sul]] da [[Região Nordeste do Brasil|Região Nordeste]] e é o maior estado da região, fazendo limites com oito outros estados brasileiros, sendo eles: [[Minas Gerais]] a sul, sudoeste e sudeste, [[Goiás]] a oeste e sudoeste, [[Tocantins]] a oeste e noroeste, [[Piauí]] a norte e noroeste, [[Pernambuco]] a norte, [[Alagoas]] a nordeste, [[Sergipe]] a nordeste e [[Espírito Santo (estado)|Espírito Santo]] a sudeste. A leste, é banhada pelo [[Oceano Atlântico]] e tem, com novecentos&nbsp;km, a mais extensa costa de todos os estados do Brasil com acesso ao Oceano Atlântico. Ocupa uma área de 564 733,177&nbsp;km²,<ref name ="IBGE_Área"/> sendo pouco maior que a [[França]]. Dentre os estados nordestinos, a Bahia representa a [[Anexo:Lista de unidades federativas do Brasil por área|maior extensão territorial]], a [[Anexo:Lista de estados do Brasil por população|maior população]], o maior [[Anexo:Lista de unidades federativas do Brasil por PIB|produto interno bruto]], o maior [[Anexo:Lista de estados brasileiros por número de municípios|número de municípios]], além de ser o estado que mais recebe turistas na região.<ref>{{Citar web|url=http://www.cidadesdobrasil.com.br/cgi-cn/news.cgi?cl=099105100097100101098114&arecod=14&newcod=708|título=Revista Cidades do Brasil|publicado=cidadesdobrasil.com.br|acessodata=15 de maio de 2012}}</ref><ref>{{citar web|url=http://ftp.setur.ba.gov.br/guiadoinvestidor/Investor%20Info/Caracterizacao%20Turismo%20Bahia%20%20FIPE%202011.pdf|título= Caracterizacao Turismo Bahia FIPE 2011|formato=PDF|publicado=Secretaria do Turismo do Estado da Bahia|data=|acessodata=14 de outubro de 2013}}</ref>
A '''Bahia''' (em [[Portugal]] '''Baía'''){{Ref|1}}{{Ref|2}}<ref>{{citar web|url=http://www.priberam.pt/dlpo/dlpo.aspx?pal=baiano|título=baiano {{!}} s. m. {{!}} adj.|publicado=Dicionário Priberam da Língua Portuguesa|acessodata=3 de maio de 2009}}</ref><ref>{{citar web|url=http://www.portaldalinguaportuguesa.org/index.php?action=lemma&lemma=25485&highlight=^baiano$|título=baiano - adjectivo|publicado=[[Portal da Língua Portuguesa]]|acessodata=3 de maio de 2009}}</ref> ({{IPA-pt|baˈi.ɐ}}) é uma das 27 [[unidades federativas do Brasil|unidades federativas]] do [[Brasil]]. Está situada a [[sul]] da [[Região Nordeste do Brasil|Região Nordeste]] e é o maior estado da região, fazendo limites com oito outros estados brasileiros, sendo eles: [[Minas Gerais]] a sul, sudoeste e sudeste, [[Goiás]] a oeste e sudoeste, [[Tocantins]] a oeste e noroeste, [[Piauí]] a norte e noroeste, [[Pernambuco]] a norte, [[Alagoas]] a nordeste, [[Sergipe]] a nordeste e [[Espírito Santo (estado)|Espírito Santo]] a sudeste. A leste, é banhada pelo [[Oceano Atlântico]] e tem, com novecentos&nbsp;km, a mais extensa costa de todos os estados do Brasil com acesso ao Oceano Atlântico. Ocupa uma área de 564 733,177&nbsp;km²,<ref name ="IBGE_Área"/> sendo pouco maior que a [[França]]. Dentre os estados nordestinos, a Bahia representa a [[Anexo:Lista de unidades federativas do Brasil por área|maior extensão territorial]], a [[Anexo:Lista de estados do Brasil por população|maior população]], o maior [[Anexo:Lista de unidades federativas do Brasil por PIB|produto interno bruto]], o maior [[Anexo:Lista de estados brasileiros por número de municípios|número de municípios]], além de ser o estado que mais recebe turistas na região.<ref>{{Citar web|url=http://www.cidadesdobrasil.com.br/cgi-cn/news.cgi?cl=099105100097100101098114&arecod=14&newcod=708|título=Revista Cidades do Brasil|publicado=cidadesdobrasil.com.br|acessodata=15 de maio de 2012}}</ref><ref>{{citar web|url=http://ftp.setur.ba.gov.br/guiadoinvestidor/Investor%20Info/Caracterizacao%20Turismo%20Bahia%20%20FIPE%202011.pdf|título= Caracterizacao Turismo Bahia FIPE 2011|formato=PDF|publicado=Secretaria do Turismo do Estado da Bahia|data=|acessodata=14 de outubro de 2013}}</ref>


A capital estadual é [[Salvador (Bahia)|Salvador]]. Além dela, há outras cidades influentes na [[rede urbana]] baiana, como as [[capitais regionais]] [[Feira de Santana]] e [[Vitória da Conquista]], o bipolo [[Itabuna]]-[[Ilhéus]], [[Barreiras]] e o bipolo [[Juazeiro (Bahia)|Juazeiro]]-[[Petrolina]],<ref>{{citar web|url=http://www.ipardes.gov.br/pdf/revista_PR/100/diana.pdf|título=Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) - Configuração da Rede Urbana do Brasil|autor=|data=Junho de 2001|publicado=ipardes.gov.br|acessodata=15 de maio de 2012}}</ref> esta última é um [[Anexo:Lista de municípios de Pernambuco|município pernambucano]] e núcleo, junto com Juazeiro, da [[Região Administrativa Integrada de Desenvolvimento do Polo Petrolina e Juazeiro|RIDE Polo Petrolina e Juazeiro]]. A essas, somam-se, por sua população e importância econômica, três municípios integrantes da [[Região Metropolitana de Salvador|Grande Salvador]]: [[Camaçari]], [[Lauro de Freitas]] e [[Simões Filho]]; e os municípios interioranos de [[Alagoinhas]], [[Eunápolis]], [[Jequié]], [[Teixeira de Freitas (Bahia)|Teixeira de Freitas]], [[Porto Seguro]] e [[Paulo Afonso]].
A capital estadual é [[Salvador (Bahia)|Salvador]]. Além dela, há outras cidades influentes na [[rede urbana]] baiana, como as [[capitais regionais]] [[Feira de Santana]] e [[Vitória da Conquista]], o bipolo [[Itabuna]]-[[Ilhéus]], [[Barreiras]] e o bipolo [[Juazeiro (Bahia)|Juazeiro]]-[[Petrolina]],<ref>{{citar web|url=http://www.ipardes.gov.br/pdf/revista_PR/100/diana.pdf|título=Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) - Configuração da Rede Urbana do Brasil|autor=|data=Junho de 2001|publicado=ipardes.gov.br|acessodata=15 de maio de 2012}}</ref> esta última é um [[Anexo:Lista de municípios de Pernambuco|município pernambucano]] e núcleo, junto com Juazeiro, da [[Região Administrativa Integrada de Desenvolvimento do Polo Petrolina e Juazeiro|RIDE Polo Petrolina e Juazeiro]]. A essas, somam-se, por sua população e importância econômica, três municípios integrantes da [[Região Metropolitana de Salvador|Grande Salvador]]: [[Camaçari]], [[Lauro de Freitas]] e [[Simões Filho]]; e os municípios interioranos de [[Alagoinhas]], [[Eunápolis]], [[Jequié]], [[Teixeira de Freitas (Bahia)|Teixeira de Freitas]], [[Porto Seguro]] e [[Paulo Afonso]].

Revisão das 13h21min de 1 de março de 2014

Predefinição:CoordinateMAIN

 Nota: Para outros significados, veja Bahia (desambiguação).
Estado da Bahia
Bandeira da Bahia
Brasão da Bahia
Brasão da Bahia
Bandeira Brasão
Lema: Per Ardua Surgo
(traduzido do latim, significa: "Pela dificuldade, venço"[1][2])
Hino: Hino da Bahia
Gentílico: baiano

Localização da Bahia no Brasil
Localização da Bahia no Brasil

Localização
 - Região Nordeste
 - Estados limítrofes Minas Gerais (S, SO, e SE), Goiás (O e SO), Tocantins (O e NO), Piauí (N e NO), Pernambuco (N), Alagoas (NE), Sergipe (NE) e Espírito Santo (SE)
 - Municípios 417
Capital Ficheiro:Brasão de Salvador.jpg Salvador[1]
Governo
 - Governador(a) Jaques Wagner (PT)
 - Vice-governador(a) Otto Alencar (PSD)
 - Deputados federais 39
 - Deputados estaduais 63
 - Senadores Walter Pinheiro (PT)
Lídice da Mata (PSB)
João Durval (PDT)
Área
 - Total 564 733,177 km² () [3]
População 2013
 - Estimativa 15 044 127 hab. ()[4]
 - Densidade 26,64 hab./km² (15º)
Economia 2011[5]
 - PIB R$ 159 869 000 ()
 - PIB per capita R$ 11,340,18 (21º)
Indicadores 2008[6]
 - Esperança de vida ({{{esp_vida_ano}}}) 72,3 anos (12º)
 - Mortalidade infantil ({{{mort_infantil_ano}}}) 32,4‰ nasc. (21º)
 - IDH (2010) 0,660 (22º) – médio [7]
Fuso horário UTC−3, América/Bahia
Clima Equatorial, tropical com estação seca e semiárido[8] Af, As, Aw, BSh
Cód. ISO 3166-2 BR-BA
Site governamental http://www.ba.gov.br/

Mapa da Bahia
Mapa da Bahia

A Bahia (em Portugal Baía)[2][3][9][10] (pronúncia em português: [baˈi.ɐ]) é uma das 27 unidades federativas do Brasil. Está situada a sul da Região Nordeste e é o maior estado da região, fazendo limites com oito outros estados brasileiros, sendo eles: Minas Gerais a sul, sudoeste e sudeste, Goiás a oeste e sudoeste, Tocantins a oeste e noroeste, Piauí a norte e noroeste, Pernambuco a norte, Alagoas a nordeste, Sergipe a nordeste e Espírito Santo a sudeste. A leste, é banhada pelo Oceano Atlântico e tem, com novecentos km, a mais extensa costa de todos os estados do Brasil com acesso ao Oceano Atlântico. Ocupa uma área de 564 733,177 km²,[3] sendo pouco maior que a França. Dentre os estados nordestinos, a Bahia representa a maior extensão territorial, a maior população, o maior produto interno bruto, o maior número de municípios, além de ser o estado que mais recebe turistas na região.[11][12]

A capital estadual é Salvador. Além dela, há outras cidades influentes na rede urbana baiana, como as capitais regionais Feira de Santana e Vitória da Conquista, o bipolo Itabuna-Ilhéus, Barreiras e o bipolo Juazeiro-Petrolina,[13] esta última é um município pernambucano e núcleo, junto com Juazeiro, da RIDE Polo Petrolina e Juazeiro. A essas, somam-se, por sua população e importância econômica, três municípios integrantes da Grande Salvador: Camaçari, Lauro de Freitas e Simões Filho; e os municípios interioranos de Alagoinhas, Eunápolis, Jequié, Teixeira de Freitas, Porto Seguro e Paulo Afonso.

Parte mais antiga e um dos primeiros núcleos de riqueza açucareira da América Portuguesa,[14] recebeu a Bahia imenso contingente e enorme influência de trabalhadores compulsórios africanos, trazidos pelos colonizadores europeus para seus engenhos e fazendas, em especial do Golfo da Guiné, das antigamente chamadas costas dos escravos, da pimenta, do marfim e do ouro, no oeste africano, com destaque para o país iorubá e o antigo reino de Daomé. Diferentemente disso, muito depois, o Rio de Janeiro recebeu escravos de Angola e Moçambique.[15] Assim, a influência da cultura africana na Bahia permaneceu alta na música, na culinária, na religião, no modo de vida de sua população, não só ao redor de Salvador e Recôncavo baiano, mas, principalmente, em toda a costa baiana. Um dos símbolos mais importantes do estado é a da negra com o tabuleiro de acarajé, vestida de turbante, colares e brincos dourados, pulseira, saias compridas e armadas, blusa de renda e adereços de pano da costa, a típica baiana.

Foi na Bahia, entre Santa Cruz de Cabrália e Porto Seguro, que a frota de Pedro Álvares Cabral ancorou, no ano de 1500, marcando o descobrimento do Brasil pelos europeus e a celebração da primeira missa, na praia da Coroa Vermelha, feita por frei Henrique Soares de Coimbra.[14][16] É de se destacar também o decreto de abertura dos portos às nações amigas, promulgada em 28 de janeiro de 1808 por meio de uma Carta Régia pelo príncipe regente D. João VI de Portugal, na Capitania da Baía de Todos os Santos, acabando com o monopólio comercial e abrindo a economia brasileira para o comércio exterior.[17][18][19][20] Em 1º de novembro de 1501, o navegante florentino Américo Vespúcio, a serviço da Coroa portuguesa, descobriu e batizou a Baía de Todos-os-Santos, maior reentrância de mar no litoral desde a foz do Rio Amazonas até o estuário do Rio da Prata. A povoação formada nessas margens tornou-se a primeira sede do governo-geral em março de 1549 com a chegada do fidalgo Tomé de Sousa, a mando do rei D. João III de Portugal para fundar a que seria, pelos próximos 214 anos, a cidade-capital da América portuguesa, Salvador.

Ao longo da história, a Bahia recebeu diversos encômios como Boa Terra e Terra da Felicidade, por causa de sua população alegre e festiva.[21] Possui um alto potencial turístico, que vem sendo muito explorado através de seu litoral, o maior do Brasil, da Chapada Diamantina, do Recôncavo e de outras belezas naturais e de valor histórico e cultural.

Apesar de ser a oitava maior economia do Brasil, com o produto interno bruto superior a 150 000 000 000 de reais, são pouco mais de 11 000 reais de PIB per capita. Isso gera um quadro em que a renda é mal distribuída, se refletindo no Índice de Desenvolvimento Humano: 0,66 em 2010, o sexto menor do Brasil, equivalente ao Índice de Desenvolvimento Humano de 2010 do Egito.[22]

Na Bandeira do Brasil, o estado da Bahia é representado pela estrela Gamma Crucis (? Crucis) da constelação do Cruzeiro do Sul (Crux).[23]

Topônimo

Os topônimos "Bahia" e "Baía" são uma referência à Baía de Todos os Santos, a qual deu o nome, originalmente, à Capitania da Baía de Todos os Santos. A capitania foi transformada, em 1821, em Província da Baía. Em 1889, a Província da Baía tornou-se o atual Estado da Bahia. "Bahia" é grafia portuguesa antiga para "baía", a qual se conservou, no Brasil, por uma questão de tradição. Em Portugal, no entanto, se utiliza, preferencialmente, o termo moderno "Baía".

História

Ver artigo principal: História da Bahia

Colonização portuguesa

Ver artigo principal: Colonização do Brasil
Bairro do Pelourinho, na capital baiana.

Local de chegada dos primeiros portugueses ao Brasil no ano de 1500, a região do que viria a ser o estado da Bahia começou a ser povoada por portugueses em 1534. Até então, a região era habitada apenas por indígenas, como os tupinambás, os aimorés e os tupiniquins[24]. Tomé de Sousa, o primeiro governador-geral, fundou Salvador, que se tornou a primeira capital do país em 1549, sendo, por muitos anos, a maior cidade das Américas. Em 1572, o governo colonial dividiu o país em dois governos: um, em Salvador e o outro, no Rio de Janeiro. A situação se manteve até 1581, quando a capital do Brasil passou a ser, novamente, apenas Salvador. A capital foi transferida para o Rio de Janeiro definitivamente em 1763 pelo Marquês de Pombal.

Em Salvador, concentrou-se uma grande população de europeus, índios, negros e mestiços - em decorrência da economia centrada no comércio com dezenas de engenhos instalados na vasta região do Recôncavo.

O território original da Bahia compreendia a margem direita do Rio São Francisco (a esquerda pertencia a Pernambuco). Estava, basicamente, dividido entre dois grandes feudos: a Casa da Ponte e a Casa da Torre, dos senhores Guedes de Brito e Garcia d'Ávila, respectivamente - promotores da ocupação de seu território.

Invasões neerlandesas

Planta da restituição da Bahia (de 1631 por João Teixeira Albernaz, o velho): em primeiro plano, a Armada Espanhola

No século XVII, a grande produção de pau-brasil e de açúcar, mercadorias valorizadas na época, no Nordeste do Brasil, fez essa região integrar-se ao comércio internacional, atraindo também corsários europeus.[25] Assim, Salvador, a sede colonial do Império Português no Brasil, foi visada e atacada por outras potências europeias da época, em especial Inglaterra e Países Baixos, até que, em 1624, foi conquistada pela Companhia Neerlandesa das Índias Ocidentais (CIO).

Os neerlandeses, liderados por Jacob Willekems e Johan van Dorf[26] e com a participação de Piet Hein[25], chegaram à capital baiana com inúmeras embarcações e mais de 3 600 soldados, enquanto, no outro lado, sem receber reforços, havia apenas oitenta militares que debandaram com a maioria da população na iminência do ataque. Os neerlandeses chegaram à praça deserta, exceto pelo governador, que segurava a espada em riste prometendo defender a cidade até a morte. Foi detido.

Salvador chegou a ficar sob domínio neerlandês por um ano (1624-1625),[25] mas foi retomada por tropas pernambucanas na chamada jornada dos vassalos, com ajuda da esquadra luso-espanhola comandada por Fadrique de Toledo Osório, mas maioritariamente portuguesa, cujo general era D. Manuel de Meneses, capitão-mor da Armada da Costa de Portugal. No Recôncavo, organizado nas pequenas vilas, prepararam a reação, com ajuda e empenho do Dom Marcos Teixeira de Mendonça, bispo da Bahia.[26]

Nova invasão ocorreu em 1638, período em que João Maurício de Nassau dominava boa parte do Nordeste, mas foi fortemente repelida. Embora tenham falhado, Piet Hein e Witte de With, junto a outros que tentaram tomar Salvador, novamente capturaram vários navios portugueses com uma grande carga de açúcar.[25][26]

Bandeira da República Baiense. As cores (azul, branco e vermelho) do movimento são as mesmas da atual bandeira do estado.

Conjuração Baiana

Ver artigo principal: Conjuração Baiana

Em 1798, a Bahia foi cenário da Conjuração Baiana, que propunha a formação da República Baiense - movimento pouco difundido, mas com repressão superior àquela da Inconfidência Mineira: seus líderes eram negros instruídos (os alfaiates João de Deus Nascimento, Manuel Faustino dos Santos Lira e os soldados Lucas Dantas do Amorim Torres e Luís Gonzaga das Virgens) associados a uma elite liberal (Cipriano Barata, Moniz Barreto e Aguilar Pantoja), mas só os populares foram executados, mais precisamente no Largo da Piedade a 8 de novembro de 1799.

Independência

Ver artigo principal: Independência da Bahia
O Primeiro Passo para a Independência da Bahia, de autoria de Antônio Parreiras.

As lutas pela emancipação tiveram início na Bahia, ainda em 1821 e, mesmo após a declaração de independência do Brasil, em 7 de setembro de 1822, o estado continuou em luta contra as tropas portuguesas até a rendição destas, ocorrida no dia 2 de julho de 1823, após diversas batalhas. A data, feriado estadual, é comemorada pelos baianos como o Dia da Independência da Bahia.

Outras revoltas

Com a independência do Brasil, os baianos exigiram maior autonomia e destaque. Como a resposta foi negativa, organizaram levantes armados que foram sufocados pelo governo central. Foi o caso da Federação do Guanais, levante de 1832.

Em 1834, a Bahia foi palco da Revolta dos Malês (como eram conhecidos os escravos africanos islamizados), tida como a maior revolta escrava da história do Brasil. Com a República, ocorreram outros incidentes políticos importantes, como a Guerra de Canudos e o bombardeio de Salvador, em 1912. A Bahia contribuiu ativamente para a história brasileira e muitos expoentes baianos constituem nomes de proa na política, cultura e ciência do país.

Geografia

Ver artigo principal: Geografia da Bahia

A Bahia é o quinto estado do país em extensão territorial e equivale a 36,3% da área total do Nordeste brasileiro e 6,64% do território nacional. Da área de 567 295,67 km², cerca de setenta por cento encontram-se na região do semiárido. O seu litoral é o maior entre os estados brasileiros, com 1 183 quilômetros. Possui famosas praias, como a Praia de Itapuã, diversas vezes homenageada em músicas e poesias.

Ficheiro:Cachoeira do Dino..jpg
Cachoeira do Dino em Iguaí

Hidrografia

O principal rio é o São Francisco, que corta o estado na direção sul-norte. Com importância análoga, os rios Paraguaçu - maior rio genuinamente baiano - e o de Contas - maior bacia situada apenas no estado -, que se somam aos rios Jequitinhonha, Itapicuru, Capivari, Rio Grande, entre outros, compõem um total de dezesseis bacias hidrográficas.

O estado encontra-se com 57,19% de seu território dentro do polígono das secas, segundo dados da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO).[27]

Em março de 2009, através da resolução número 43 do Conselho Estadual de Recursos Hídricos (Conerh) o estado foi dividido em 26 regiões, chamadas de Regiões de Planejamento e Gestão das Águas (RPGA): Riacho Doce - I; Rio Mucuri - II; Rios Peruíbe, Itanhém e Jucuruçu - III; Rios dos Frades, Buranhém e Santo Antônio - IV; Rio Jequitinhonha - V; Rio Pardo - VI; Leste - VII; Rio de Contas - VIII; Recôncavo Sul - IX; Rio Paraguaçu - X; Recôncavo Norte - XI; Rio Itapicuru - XII; Rio Real - XIII; Rio Vaza-Barris - XIV; Riacho do Tara - XV; Rios Macururé e Curaçá - XVI; Rio Salitre - XVII; Rios Verde e Jacaré - XVIII; Lago de Sobradinho - XIX; Rios Paramirim e Santo Onofre - XX; Riachos da Serra Dourada e do Brejo Velho - XXI; Rio Carnaíba de Dentro - XXII; Rio Grande - XXIII; Rio Corrente - XXIV; Rio Carinhanha - XXV; Rio Verde Grande - XXVI.[28]

Relevo

Imagem de satélite do relevo baiano com escala altimétrica.

Seu território está situado na fachada atlântica do Brasil. O relevo é caracterizado pela presença de planícies, planaltos, e depressões e as formas tabulares e planas (chapadas, chapadões, tabuleiros). As altitudes da Bahia são modestas, de modo geral: o território baiano possui uma elevação relativa, já que 90% de sua área está acima de duzentos metros em relação ao nível do mar.

Vista do morro Pai Inácio, na Chapada Diamantina.

Os pontos mais elevados na Bahia são o Pico do Barbado, com 2 033,3 metros, localizado na Serra dos Barbados, entre os municípios de Abaíra e Rio do Pires e o Pico das Almas, com 1 836 metros, localizado entre os municípios de Érico Cardoso, Livramento de Nossa Senhora e Rio de Contas, na Serra das Almas.

O planalto e a baixada são as suas duas grandes unidades morfológicas bastante caracterizadas.

Os chapadões e as chapadas presentes no relevo mostram que a erosão trabalhou em busca de formas tabulares. Um conjunto de chapadões situados a oeste recebe, na altura do estado, o nome de Espigão Mestre.

Os planaltos ocupam quase todo o estado, apresentando uma série de patamares, por onde cruzam rios vindos da Chapada Diamantina, da serra do Espinhaço, que nasce no centro de Minas Gerais, indo até o norte do estado, e a própria Chapada Diamantina, de formato tabular, marcando seus limites a norte e a leste. O planalto semi-árido, localizado no sertão brasileiro, caracterizado por baixas altitudes.

O relevo que predomina o estado baiano é a depressão.

As planícies estão situadas na região litorânea, onde a altitude não ultrapassa os 200 metros. Ali, surgem praias, dunas, restingas e até pântanos. Quanto mais se anda rumo ao interior, mais surgem terrenos com solos relativamente férteis, onde aparecem colinas que se estendem até o oceano. As planícies aluviais se formam a partir dos rios Paraguaçu, Jequitinhonha, Itapicuru, de Contas, e Mucuri, que descem da região de planalto, enquanto o rio São Francisco atua na formação do vale do São Francisco, onde o solo apresenta formação calcária.

Um único recorte no litoral baiano, determina o surgimento do Recôncavo baiano, cuja superfície apresenta solo variado, sendo muito pouco fértil em algumas áreas, enquanto em outras a fertilidade é favorecida pela presença do solo massapê, formado por terras de origem argilosa.

Praia de Itapuã.

Ao norte, o limite é o Rio São Francisco, no município de Curaçá, divisa com Pernambuco. Sendo a latitude 8º 32' 00" e a longitude 39º 22' 49". Ao sul, o limite extremo é a barra do Riacho Doce, no município de Mucuri, na divisa com o Espírito Santo. Sendo a latitude 18º 20' 07" e a longitude 39º 39' 48". No leste, o ponto extremo é a barra do Rio Real, no município de Jandaíra, na divisa com o Oceano Atlântico. Sendo a latitude 11º 27' 07" e a longitude 37º 20' 37". O ponto extremo do oeste é o divisor de águas, no município de Formosa do Rio Preto, divisa com o Tocantins. Sendo a latitude 11º 17' 21" e a longitude 46º 36' 59". O centro geográfico do Estado fica na cidade de Seabra, na Praça Luiz Acosta, defronte ao prédio dos Correios. Coordenadas 12º 25.098 S e 41º48.105 W (informação Google Earth).

Clima

Devido à sua latitude, o clima tropical predomina em toda a Bahia, apresentando temperaturas elevadas, em que as médias de temperatura anuais, em geral ultrapassam os 30 °C, entretanto na serra do Espinhaço as temperaturas são mais amenas e agradáveis. Também se encontra o clima tropical de atitude em cidades da Chapada Diamantina (Piatã 1268 m) e no sudoeste do estado (Vitória da Conquista 923 m até 1100 m). Contudo, no sertão, o clima é o semiárido, em que os índices pluviométricos são bastantes baixos, sendo comuns os longos períodos de seca.

Há distinções apenas quanto aos índices de precipitação em cada uma das diferentes regiões. Enquanto que no litoral e na região de Ilhéus, a umidade é maior, e os índices de chuvas podem ultrapassar os 1 500 mm anuais, no sertão pode não chegar aos quinhentos mm anuais.

A estação das chuvas é irregular, consequentemente podendo falhar totalmente em certos anos, desencadeando a seca, que é mais marcante no interior, com exceção para região do vale do rio São Francisco.

Vegetação da Chapada Diamantina.

Vegetação

Fitogeograficamente, possui três grandes formações vegetais: a caatinga, a vegetação predominante, a floresta tropical úmida e cerrado. A caatinga se localiza em toda a região norte, na área da depressão do São Francisco, e na serra do Espinhaço, deixando para o cerrado apenas a parte ocidental e para a floresta tropical úmida, o sudeste.

A floresta tropical úmida sofreu forte impacto da exploração antrópica, em que se devastou madeiras de lei. Nesses locais, vem ocorrendo o reflorestamento com o eucalipto.

Ecologia

Ilha de Itaparica.

Foram criadas 36 áreas de proteção ambiental (APAs), totalizando 128 unidades de conservação cadastradas no estado, instituídas por decretos e portarias federais, estaduais e municipais. A incidência das APAs se deve a sua adequação e orientação às atividades humanas sendo mais flexíveis. Considerando os diferentes biomas, cerrado, caatinga e floresta (Mata Atlântica), constata-se que com maior percentual de unidades de conservação encontra-se em áreas de florestas devido à sua fragmentação e estado de degradação. As Reservas Particulares (RPPN) surgem como opção de preservação totalizando 46 unidades.

Além dessas formas de estabelecer áreas protegidas, há os parques estaduais e nacionais, também protegidas por lei. São sete nacionais (Marinho dos Abrolhos, Chapada Diamantina, Descobrimento, Grande Sertão Veredas - também localizado em Minas Gerais -, Monte Pascoal e Nascentes do Rio Parnaíba - também localizado no Piauí, Maranhão e Tocantins - e Pau Brasil) e três estaduais (Serra do Conduru, Morro do Chapéu e Sete Passagens).

Entretanto, nem sempre o meio ambiente está livre de poluição na Bahia. Acidentes e crimes ambientais como queimadas, contaminação por metais pesados e derramamento de petróleo e de outros derivados de combustíveis fósseis são alguns dos principais problemas ambientais baianos. O caso mais recente ocorreu na Praia de Caípe, no município de São Francisco do Conde, onde cerca de 2,5 metros cúbicos de óleo provenientes da Refinaria Landulpho Alves, provocando não só impactos ambientais como econômicos.[29]

Demografia

Ver artigo principal: Demografia da Bahia
Crescimento populacional
Censo Pop.
18721 379 616
18901 919 80239,2%
19002 117 95610,3%
19203 334 46557,4%
19403 918 11217,5%
19504 834 57523,4%
19605 990 60523,9%
19707 583 14026,6%
19809 597 39326,6%
199111 855 15723,5%
200013 066 91010,2%
201014 016 9067,3%
202214 141 6260,9%
Fonte: IBGE[30][31]

Segundo o censo demográfico de 2010 realizado pelo IBGE, a Bahia é o quarto estado brasileiro mais populoso e o 15º mais povoado, com uma população de 14 016 906 habitantes distribuída em 564 733,1 km² resultando em 24,82 hab./km² nos seus 417 municípios. Segundo o mesmo censo, 6 880 368 habitantes eram homens e 7 141 064 habitantes eram mulheres.[32] Ainda segundo o mesmo censo, 10 105 218 habitantes viviam na zona urbana e 3 916 214 viviam na zona rural.[32] Se fosse um país, a Bahia seria o 65º em população, entre o Camboja (64º: 14 132 398 hab.) e o Equador (65º: 13 752 593 hab.), 149º em densidade demográfica, entre a República Democrática do Congo (148º: 25 hab./km²) e o Moçambique (149º: 24 hab./km²) e à frente do Brasil (150º: 21 hab./km²) e mais rico da América Latina.

Etnias

Cor/Raça[33] Porcentagem
Pardos 59.8%
Brancos 23.0%
Negros 16.8%
Asiáticos ou
indígenas
0,3%

A Bahia é o centro da cultura afro-brasileira e boa parte da sua população é de origem africana, com uma maior porcentagem de pardos, seguidos por brancos, pretos e ameríndios.

Um estudo genético realizado no Recôncavo Baiano confirmou o alto grau de ancestralidade africana na região. Foram analisadas pessoas da área urbana dos municípios de Cachoeira e Maragojipe, além de quilombolas da área rural de Cachoeira. A ancestralidade africana foi de 80,4%, a europeia 10,8% e a indígena 8,8%.[34]. Salvador é a cidade com maior número de negros do mundo (fora da África), com cerca de 80% da população formada por afrodescendentes.

Um estudo genético realizado na população de Salvador confirmou que a maior contribuição genética da cidade é a africana (49,2%), seguida pela europeia (36,3%) e indígena (14,5%).[35] Outro estudo, ainda revela que em relação aos ciganos, a Bahia é o estado brasileiro onde há a maior quantidade de grupos vivendo, segundo pesquisa inédita do IBGE.[36]

Populações indígenas

Etnias indígenas Pessoas[37]
Atikum 249
Kaimbé 903
Kantaruré 332
Kiriri 2 167
Pankararé 1 304
Pankaru 107
Pataxó 11 084
Tupinambá 4 083
Pataxó-Hã-Hã-Hãe 2 388
Truká 131
Tumbalalá 1 090
Tuxá 1 568
Xukuru-Kariri 55
Total 25 816

As populações indígenas localizados na Bahia pertencem, em grande maioria, ao tronco linguístico macro-jê. Dentre elas, estão os grupos indígenas Pataxó, Pataxó-hã-hã-hãe, Quiriri e o extinto Camacã. Grande parte dos índios vem perdendo o hábito do idioma materno, passando a falar a língua portuguesa. As tribos e aldeias indígenas estão bastante distribuídas pela Bahia em terras e reservas indígenas.

De acordo com informações da ANAÍ-Bahia e da FUNAI, os pataxós vivem, principalmente, na costa do Atlântico Sul, no municípios de Porto Seguro, Santa Cruz de Cabrália, Prado e Itamaraju; os pataxós-hã-hã-hães vivem no sudeste baiano nas Áreas Indígenas Fazenda Baiana e Caramuru/Paraguassu; os ribeirinhos tuxás vivem nas margens do rio São Francisco no norte de Bahia, nas Áreas Indígenas Ibotirama (município de Ibotirama), Rodelas e Nova Rodelas (município de Rodelas), e também em Pernambuco; os pancararés (Pankararé) que vivem nas Áreas Indígenas Brejo do Burgo e Pankararé, localizadas ao norte da Estação Ecológica Raso da Catarina, nos municípios de Nova Glória e Glória; os índios quiriris (Kiriri) moram na Terra Indígena Kiriri, entre os municípios de Ribeira do Pombal e Banzaê, e na Área Indígena Barra à margem esquerda do São Francisco, no município de Muquém de São Francisco; vizinhos a estes, os caimbés (Kaimbé) estão espalhados pela Área Indígena Massacará e pelas localidades de Muriti e Tocas, todas dentro do município de Euclides da Cunha; já os índios tumbalalás vivem no antigo aldeamento do Pambu, também às margens do São Francisco entre os municípios de Abaré e Curaçá; os cantarurés (Kantaruré) habitando a Terra Indígena Kantaruré da Batida, no município de Glória; a pequena etnia dos pancarus (Pankaru) que habitam a Reserva Indígena Vargem Alegre, localizada ao norte da serra do Ramalho, no município de Bom Jesus da Lapa.[38]

Há também a presença dos tupinambás de Olivença em Ilhéus, Una e Buerarema, geréns, trucás (Truká ou Tur-Ká), aticuns-umãs (Aticum ou Atikim-Umã) e Xukuru-Kariris. O território baiano foi habitado ainda pelos sapuiás e camacãs.

É no sul da Bahia que está localizada a Aldeia da Pedra Branca, à qual pertencia o índio Galdino, que foi queimado vivo por jovens de classe média-alta num ponto de ônibus de Brasília, em 1997.

Cidades mais populosas

A cidade mais populosa do estado é Salvador (capital do estado, com 2 998 056 habitantes), que também é a terceira cidade brasileira mais populosa, sendo seguida por Feira de Santana, Vitória da Conquista, Juazeiro, Ilhéus, Itabuna, Camaçari, Barreiras, Jequié, Lauro de Freitas, Teixeira de Freitas e Porto Seguro.


Rede urbana

Municípios baianos na hierarquia urbana brasileira.

Segundo o estudo do IBGE Regiões de influência das cidades 2007 (REGIC 2007), na hierarquia urbana do Brasil, 54 municípios baianos estão em algum nível hierárquico definido (não é um centro local, não tendo influência). O município a ocupar o mais alto é Salvador, como metrópole regional (██). Em seguida, vem as capitais regionais B (██) Feira de Santana, Ilhéus, Itabuna, Vitória da Conquista; e Juazeiro e Barreiras como capitais regionais C (██), não havendo capitais regionais A no território baiano[41].

Como centros sub-regionais A (██) tem-se Guanambi, Irecê, Jacobina, Jequié, Paulo Afonso, Santo Antônio de Jesus e Teixeira de Freitas; e centros sub-regionais B (██) Alagoinhas, Bom Jesus da Lapa, Brumado, Cruz das Almas, Eunápolis, Itaberaba, Ribeira do Pombal, Senhor do Bonfim e Valença.

No menor nível, Caetité, Camacan, Conceição do Coité, Ipiaú, Itamaraju, Itapetinga, Macaúbas, Porto Seguro, Santa Maria da Vitória, Seabra, Serrinha, Xique-Xique são classificadas como centros de zona A (██); e Amargosa, Barra, Boquira, Caculé, Capim Grosso, Cícero Dantas,Fátima Euclides da Cunha, Gandu, Ibicaraí, Ibotirama, Jaguaquara, Riacho de Santana, Livramento de Nossa Senhora, Nazaré, Paramirim, Poções, Riachão do Jacuípe, Santana, Serra Dourada e Valente, como centros de zona B (██).

Política

Ver artigo principal: Política da Bahia

A história da política no estado brasileiro da Bahia confunde-se, muitas vezes, com a política do país - e boa parte dela equivale à mesma, uma vez que Salvador, por muitos anos, foi a capital da Colônia.

Contando sempre com expoentes no cenário político nacional, a Bahia é um dos mais representativos estados da federação.

Durante o período imperial, contou com diversos primeiros-ministros; na fase republicana, estiveram à frente de vários movimentos nacionais baianos como Rui Barbosa, Cezar Zama, Aristides Spínola e outros.

Na República Velha, dominou o cenário estadual José Joaquim Seabra; durante a Era Vargas surgiu a figura de Juracy Magalhães e em contraposição, com a redemocratização do pós-guerra, o socialista Octávio Mangabeira.

Durante o regime militar, surgiu a figura de Antônio Carlos Magalhães, que dominou o cenário político estadual por três décadas, com breve derrota para Waldir Pires, na década de 1980, ocupando o cargo de senador, quando de sua morte. Tal fenômeno político ganhou a denominação de "Carlismo".

Poder Executivo

O Poder Executivo baiano é exercido pelo governador do estado, que é eleito em sufrágio universal e voto direto e secreto pela população para mandatos de até quatro anos de duração, podendo ser reeleito para mais um mandato. A atual sede é o Palácio de Ondina, situado no bairro de Ondina, desde 1967.[42] Antigamente, a sede do governo baiano era o Palácio Rio Branco, localizado na Praça Municipal, e foi construída em 1549 (ano da fundação da cidade de Salvador, em 1549) tornando-se sede do governo e residência oficial do primeiro governador-geral do Brasil, Tomé de Sousa.[43] Em janeiro de 1908, foi transformada em residência oficial dos governadores do estado.[44] Depois do Palácio Rio Branco, a sede do governo baiano foi o Palácio da Aclamação, localizado no bairro do Campo Grande, até ser estabelecida a atual sede.

Poder Legislativo

O Poder Legislativo da Bahia é unicameral, exercido pela Assembleia Legislativa da Bahia, localizado no Palácio Luís Eduardo Magalhães. É constituída pelos representantes do povo (deputados estaduais) eleitos em votação direta para o mandato de quatro anos. Ela possui 63 deputados estaduais. No Congresso Nacional, a representação baiana é de 3 senadores e 39 deputados federais.

Cabe à Assembleia Legislativa, com a sanção (aprovação) do governador do estado, dispor sobre todas as matérias de competência do estado e especificamente sobre:

  • Tributos, arrecadação e distribuição de rendas;
  • Planos e programas estaduais, regionais e setoriais de desenvolvimento;
  • Criação, transformação, extinção de cargos, empregos e funções públicas na administração direta, autárquica e fundacional e fixação da renumeração, observados os parâmetros estabelecidos na lei de diretrizes orçamentárias;
  • Organização judiciária do Ministério Público, da Procuradoria-Geral do Estado, da Defensoria Pública, do Tribunal de Contas, da Polícia Militar, da Polícia Civil e demais órgãos da administração pública;
  • Normas suplementares de direito urbanístico, bem como de planejamento e execução de políticas urbanas.

O Tribunal de Contas, através de seus conselheiros, auxilia a Assembleia Legislativa na apreciação das contas prestadas anualmente pelo governador do estado, no julgamento das contas dos administradores e demais responsáveis (fundações, empresas etc.) por dinheiro, bens e valores públicos da administração direta e indireta, incluídas as fundações e sociedades instituídas e mantidas pelo poder público estadual e as contas que derem causa a perda, extravio ou outra irregularidade de que resulte prejuízo ao erário público.

Além deste, possui o Tribunal de Contas dos Municípios (TCM), que auxilia as Câmaras municipais na apreciação das contas dos respectivos executivos.

Poder Judiciário

Ver artigo principal: Tribunal de Justiça da Bahia

A maior corte do Poder Judiciário estadual é o Tribunal de Justiça do Estado da Bahia, localizado em prédio denominado Palácio da Justiça, situado no Centro Administrativo da Bahia. A Justiça do Trabalho está ligada à Quinta região, que compreende todo o estado e possui sede na capital. A Justiça Federal está vinculada à primeira região com sede em Brasília.

Representações dos três poderes na Bahia
Governadoria do estado da Bahia, de onde o governador despacha.
Palácio Luís Eduardo Magalhães da Assembleia.
Palácio da Justiça, sede do Tribunal de Justiça da Bahia.

Eleições

O sistema eleitoral na Bahia repete o nacional. Os mandatos eletivos duram quatro anos, e as eleições estaduais e federais alternam com as municipais a cada dois anos. O eleitorado baiano é composto por 10.110.100, segundo dados referentes às eleições de 2012, o que representa o quarto maior colégio eleitoral do país. Sua capital, Salvador, é o município com maior número de eleitores (1.881.544), seguido de Feira de Santana (373.753) e Vitória da Conquista (215.299). O município com menor número de eleitores é Lajedinho, com 3.027.[45]

Símbolos oficiais

Ver artigo principal: Símbolos oficiais da Bahia

Os símbolos oficias do estado da Bahia são: a bandeira, o brasão de armas e o hino.[46]

Bandeira

Ver artigo principal: Bandeira da Bahia
Bandeira da Bahia

Nenhuma lei existe criando ou disciplinando a bandeira do estado. Foi criada pelo médico baiano, Dr. Diocleciano Ramos que, numa reunião do Partido Republicano da Bahia, propôs este símbolo como representativo da agremiação política, em 25 de maio de 1889.[46][47]

Com forte inspiração na bandeira dos Estados Unidos, é composta por quatro listras horizontais alternadas entre vermelhas e brancas e tem, na parte superior interna, um quadrado azul com um triângulo branco no seu interior. O triângulo referencia ao símbolo maçônico já adotado nas conjurações mineira e baiana - muito embora as cores azul, vermelho e branco já tivessem figurado como símbolos da revolta de 1798 conhecida como Revolta dos Alfaiates.[46][47]

O uso, entretanto, consagrado pelo povo, veio a ser obrigatório por decreto do Governador Juracy Magalhães, em 11 de junho de 1960 (Decreto nº 17.628).[46][47]

Brasão de armas

Ver artigo principal: Brasão da Bahia
Brasão da Bahia

Constitui-se o brasão de armas do estado da Bahia dos seguintes elementos:[46]

  • Timbre com uma estrela, que simboliza o estado.
  • Escudo com uma embarcação com a vela içada, onde um marinheiro acena com um lenço branco. Ao fundo, vê-se o Monte Pascoal, local do primeiro registro visual de terra pela esquadra de Cabral.
  • Insígnia com dois tenentes sobre listel com o lema:
PER ARDVA SVRGO - que significa, numa tradução literal: "Pela dificuldade, venço"[2].
  • Tenentes: à esquerda, um homem seminu, com uma marreta, uma bigorna e uma roda, representando a indústria local; à direita, uma mulher com barrete frígio (símbolo da república), carregando a bandeira da Bahia, que jaz atrás do triângulo maçônico.

Encimando o brasão, o nome do estado e, abaixo deste, o nome do Brasil.

Hino

Ver artigo principal: Hino da Bahia.

Com letra de Ladislau dos Santos Titara e música de José dos Santos Barreto, o hino faz referência à data máxima do estado, o 2 de julho de 1823 - quando o estado, finalmente, tornou-se independente do jugo português e se uniu ao restante do Brasil, após grandes batalhas, referidas na composição - a exemplo de Cabrito e Pirajá.[46][48]

Entretanto, o hino só veio a ser oficial em 20 de abril de 2010, em decorrência do decreto nº 11.901 sancionado pelo governador Jaques Wagner.[49] Por este ato, o Hino ao 2 de Julho substituiu o Hino ao Senhor do Bonfim que era, mesmo que não de forma oficial, a música utilizada em ocasiões importantes do estado da Bahia.[46]

Subdivisões

A Bahia, assim como todos os outros estados brasileiros, está politicamente dividida em municípios. Ao total, existem 417 municípios baianos, o que torna a Bahia o quarto maior estado segundo a quantidade de municípios.

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divide as unidades federativas do Brasil em meso e microrregiões para fins estatísticos de estudo, agrupando os municípios conforme aspectos socioeconômicos. Deste modo, há sete mesorregiões e 32 microrregiões no estado.

Uma outra divisão, desta vez para fins de coordenação de ações de promoção turística, o Programa de Desenvolvimento do Turismo (PRODETUR) subdividiu o território baiano em zonas turísticas, as quais são Baía de Todos os Santos, Costa dos Coqueiros, Costa do Dendê, Costa do Cacau, Costa das Baleias, Costa do Descobrimento, Caminhos do Oeste, Chapada Diamantina e Lagos do São Francisco.

Até meados da década de 2000, o Governo da Bahia agrupava os municípios baianos segundo características econômicas, formando as regiões Metropolitana de Salvador, Extremo Sul, Oeste, Serra Geral, Litoral Norte, Sudoeste, Litoral Sul, Médio São Francisco, Baixo-médio São Francisco, Irecê, Chapada Diamantina, Recôncavo Sul, Piemonte da Diamantina, Paraguaçu e Nordeste. Atualmente, essa divisão foi substituída pelos 26 Territórios de Identidade, a saber: Irecê, Velho Chico, Chapada Diamantina, Sisal, Litoral Sul, Baixo Sul, Extremo Sul, Itapetinga, Vale do Jiquiriçá, Sertão do São Francisco, Oeste Baiano, Bacia do Paramirim, Sertão Produtivo, Piemonte do Paraguaçu, Bacia do Jacuípe, Piemonte da Diamantina, Semiárido Nordeste II, Agreste de Alagoinhas/Litoral Norte, Portal do Sertão, Vitória da Conquista, Recôncavo, Médio Rio de Contas, Bacia do Rio Corrente, Itaparica, Piemonte Norte do Itapicuru, Metropolitana de Salvador[50].

A Bahia também é repartida em 26 partes pelo Conselho Estadual de Recursos Hídricos (Conerh), que, para gestão das bacias hidrográficas e dos recursos hídricos, criou as 26 regiões hidrográficas, chamadas de Regiões de Planejamento e Gestão das Águas (RPGA)[28].

Regiões econômicas
Zonas turísticas
Mesorregiões
Microrregiões
Municípios

Economia

Ver artigo principal: Economia da Bahia
O Polo Petroquímico de Camaçari, localizado no município de mesmo nome, na Grande Salvador, é o maior complexo industrial integrado do Hemisfério Sul[51]. O município de Camaçari, sozinho, é responsável por 10% da economia do estado

A Bahia responde por cerca de trinta por cento do produto interno bruto do Nordeste brasileiro e por mais da metade das exportações da região. É o oitavo estado brasileiro que mais produz riqueza. A economia do estado baseia-se na indústria (química, petroquímica, informática, automobilística e suas peças), agropecuária (mandioca, feijão, cacau e coco), mineração, turismo e nos serviços. Existe o importante Polo petroquímico de Camaçari, onde funciona, entre outros empreendimentos, uma montadora Ford, estando o complexo industrial localizado na cidade de Camaçari, na Região Metropolitana de Salvador. As atividades agropecuárias ocupam cerca de setenta por cento da população ativa do estado. Um bom indicador de duas atividades econômicas é sua pauta de exportação, composta, no ano de 2012, principalmente por Petróleo Refinado (18,77%), Pastas Químicas de Madeira à Soda ou Sulfato (10,82%), Soja (8,33%), Algodão Cru (6,32%) e Farelo de Soja (4,36%). [52]

Exportações da Bahia - (2012)[53]


Evolução do PIB e do PIB per capita da Bahia
Anos PIB
(em reais)
PIB per capita
(em reais)
2002 60 671 843 4 525
2003 68 146 924 5 031
2004 79 083 228 5 780
2005 90 942 993 6 583

Setor primário

Agricultura

A agricultura está dividida em grande lavoura comercial, a pequena lavoura comercial e a agricultura de subsistência. A grande lavoura está baseada na cultura da cana-de-açúcar e integrada com modernas usinas e na do cacau. Entre as pequenas culturas comerciais, a mandioca, o coco-da-baía, o fumo, o café, o agave, o algodão, a cebola, dendê (e consequente azeite-de-dendê) são as produções em destaque. As culturas de subsistência estão em todo o território, sendo que a cultura da mandioca é a mais importante, seguida pelo feijão, o milho, o café e a banana.

Cultivo de cacau em Ilhéus

A Bahia é o primeiro produtor nacional de cacau, sisal, mamona, coco, feijão e mandioca, sendo os dois últimos mais voltados para a subsistência do que para a comercialização. A região de Itabuna é uma das mais propícias áreas para o cultivo do cacau em toda a Bahia. Tem bons índices também na produção de milho e cana-de-açúcar.

Outra região do estado que merece a devida atenção é aquela compreendida pelo Rio São Francisco, conhecida também como Vale do São Francisco, compreendendo as cidades de Juazeiro, Curaçá, Casa Nova, Sobradinho, dentre outras. A região é a maior produtora de frutas tropicais do país, essa fruticultura é irrigada, tem crescido e exporta para os mercados europeu, asiático e estadunidense.

Além de ser o principal produtor de cacau, é também o principal exportador de cacau no Brasil. Recentemente, o cultivo da soja aumentou substancialmente no oeste do estado.

Pecuária

Importante elemento da economia baiana, a pecuária bovina ocupa hoje o sexto lugar nacional, enquanto a caprina registra atualmente os maiores números do setor em todo o Brasil, mas também se destacando os rebanhos de ovinos.

Extrativismo

As atividades extrativas vegetais têm pequena participação na economia baiana. Entretanto tem reservas consideráveis de minérios e de petróleo. A mineração baseia-se essencialmente na produção de ouro, cobre, magnesita, cromita, sal-gema, barita, manganês, chumbo, urânio, ferro, talco, columbita, prata, cristal de rocha e zinco.

Fábrica de aerogeradores situada na Região Metropolitana de Salvador.

Setor secundário

Indústria

A indústria na Bahia é relativamente modesta, apesar do crescimento dos últimos 20 anos, não representa uma grande força econômica no estado, volta-se para os setores da química, petroquímica, agroindústria, informática, automobilística e suas peças, produtos alimentares, têxtil e fumo.

Porém na cidade de Salvador, estão concentradas as indústrias metalúrgicas, mecânicas, gráficas, de material elétrico e comunicações.

Com um crescimento sustentado de grupos de pesquisa a uma taxa de 30% ao ano, a Bahia saltou da 9ª para a sexta posição [54] no ranking nacional em 2005, abrindo espaço para o projeto da Tecnovia: um grande parque tecnológico em Salvador, tendo como prioridades TI, biotecnologia e energia. A primeira área do complexo tem previsão para ser inaugurada em 2010[55].

O Complexo Hidrelétrico de Paulo Afonso, no rio São Francisco, é um conjunto das usinas Paulo Afonso I, II, III, IV e Apolônio Sales, as quais são operadas pela Eletrobras Chesf.

A primeira biofábrica do país se encontra na cidade sertaneja de Juazeiro, no vale do Rio São Francisco.

Energia

Conta com abundante suprimento de energia elétrica, fornecido pelo complexo hidrelétrico de Paulo Afonso e pelas hidrelétricas de Sobradinho e Itapebi, que juntas produzem quase seis mil megawatts de energia.

A Bahia é dos maiores produtores nacionais de petróleo e gás natural. Há um importante centro petroquímico foi criado em Camaçari, o Polo Petroquímico de Camaçari, e uma refinaria em São Francisco do Conde, a Refinaria Landulpho Alves, ambas as construções estão localizadas na região metropolitana de Salvador.

Setor terciário

Ver artigo principal: Turismo na Bahia
Morro de São Paulo.

A Chapada é um dos polos turísticos mais completos do Brasil. Dispõe de aeroportos, boa malha rodoviária, hotéis de alto padrão com selos de reconhecimento como o do grupo "Roteiro de Charme". Por causa do turismo, a Chapada Diamantina passou a ser uma das áreas mais desenvolvidas da Bahia. Os principais municípios são: Lençóis, Andaraí, Mucugê e Palmeiras.

Os principais veículos da imprensa baiana são o tradicional jornal A Tarde, que também possui uma emissora de rádio; a TV Salvador (emissora local), Correio da Bahia, TV Bahia e outras emissoras que transmitem a Rede Globo no interior do estado, todas as empresas da Rede Bahia; o jornal Tribuna da Bahia; a emissora de TV Band Bahia, e a emissora da Bandnews FM em Salvador; e as emissoras de televisão TV Aratu, TV Educativa da Bahia (mantida pelo governo estadual), TV Itapoan e a TV Cabrália. Destacam-se três grupos de mídia baianos: a Rede Bahia de Televisão, o Grupo A TARDE e o Grupo Metrópole.

Infraestrutura

Educação

Ver artigo principal: Educação na Bahia
Colégio Estadual Thales de Azevedo.
Resultados no ENEM
Ano Português Redação
2006[56]
Média
33,27 (17º)
36,90
51,53 (11º)
52,08
2007[57]
Média
46,79 (14º)
51,52
56,23 (8º)
55,99
2008[58]
Média
36,70 (19º)
41,69
58,71 (12º)
59,35

A Bahia possui um longo histórico na área de educação, desde os primeiros jesuítas que já no século XVI instalaram escolas em Salvador, então a capital da Colônia. Educadores de renome como Abílio Cezar Borges, Ernesto Carneiro Ribeiro e Anísio Teixeira capitanearam o proscênio educacional do país.

Museu de Arqueologia e Etnologia da Universidade Federal da Bahia. As atividades na UFBA se iniciaram com a fundação da Faculdade de Medicina da Bahia, a escola de medicina mais antiga do Brasil, fundada em 1808 sob o nome de Escola de Cirurgia da Bahia, logo após a chegada de Dom João VI ao país.[59]

A escola pública na Bahia é basicamente estadual e municipal, sendo que o município tem uma preocupação maior com a ensino fundamental (primeira à quarta série) e o governo estadual com a educação fundamental também, mas só da quinta à oitava série, além do ensino médio. O governo federal tem pouca participação na formação direta da população, porém muitos recursos utilizados por estas instituições escolares são provenientes dos fundos federais.

Atualmente, a Bahia conta com oito universidades, sendo quatro públicas estaduais (UNEB, UEFS, UESB e UESC), duas públicas federais (UFBA e UFRB) e duas particulares/privadas (UCSal e UNIFACS). Além dessas, o estado conta ainda com a UNIVASF sediada em Petrolina (PE), que possui um campus em Juazeiro.

De acordo com um ranking realizado e divulgado pela Folha de São Paulo, em 2012, a Universidade Federal da Bahia aparece como a segunda melhor pontuação entre as universidades públicas do norte e nordeste, atrás da federal pernambuana, e em 12º lugar no país inteiro[60], e na frente da Universidade Estadual do Maranhão. Em outro ranqueamento publicado no mesmo ano, feito pelo Ministério da Educação (MEC) a partir do Exame Nacional de Desempenho de Estudantes (ENADE), a Universidade Estadual de Feira de Santana foi classificada como a melhor universidade das regiões norte e nordeste e a 15º do país em cursos com a nota cinco.[61][62].

Transportes

Ver artigo principal: Transportes da Bahia
Rede de transportes da Bahia.
Placa do Serviço de Atendimento ao Cidadão do Governo da Bahia, modelo de serviço público premiado pela ONU.[63][64][65]

Tendo Feira de Santana como eixo polarizador, o sistema rodoviário tem como vias principais a BR-242, que liga Salvador ao oeste baiano e à capital federal; a BR-101 de sentido norte/sul com traçado paralelo ao litoral; a BR-116 que liga a metrópole ao sudoeste, além da BR-324, que liga Feira de Santana a Salvador. Outras rodovias estaduais e federais atendem ao tráfego de longa distância ou atendem as sedes dos municípios fazendo parte de um sistema combinado que se complementam a exemplo da BR-110, BR-415, BR-407, BA-099, e BA-001 rodovia litorânea.

A Bahia conta com quatro portos, sendo o de Aratu, o de Ilhéus e o de Salvador marítimos e o de Juazeiro fluvial. O de Ilhéus é o maior exportador de cacau do Brasil.

A Bahia conta com dez aeroportos, sendo o Internacional Dois de Julho, também conhecido como Internacional de Salvador Deputado Luís Eduardo Magalhães, o quinto aeroporto mais movimentado do Brasil o primeiro do nordeste e o 20° da América Latina, respondendo por mais de trinta por cento do movimento de passageiros dessa região do país. Os outros são Aeroporto de Barreiras, em Barreiras; Aeroporto João Durval Carneiro, em Feira de Santana; Aeroporto Jorge Amado, em Ilhéus; Aeroporto Horácio de Mattos, em Lençóis; Aeroporto de Paulo Afonso, em Paulo Afonso; Aeroporto de Porto Seguro, em Porto Seguro; Aeroporto Pedro Otacílio Figueiredo, em Vitória da Conquista; Aeroporto de Valença, em Valença; e Aeroporto de Caravelas, em Caravelas.

A Bahia é cortada por várias ferrovias,[66] entre elas estão a Estrada de Ferro Bahia-Minas, que vai de Caravelas, na Bahia, ao norte de Minas,[67] e a Viação Férrea Federal do Leste Brasileiro, que integrava a Bahia com os estados de Minas Gerais, Sergipe, Pernambuco e Piauí.[68] Além dessas duas interestaduais, existe a Estrada de Ferro de Nazaré e a de Ilhéus, esta última possuía projetos de expansão para chegar a Vitória da Conquista e para ligar a outras do estado e à E. F. Bahia-Minas.[69] Todas essas linhas férreas já não estão mais em atividade.[67][68][69]

Está sendo construído o primeiro metrô do estado da Bahia, o Metrô de Salvador.

Telecomunicação

O estado de Bahia é o quarto do Brasil em quantidade de dispositivos moveis ativos (17.033.298) apos São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro. A cidade de Salvador, Bahia (BA), tem a maior teledensidade (numero de acessos por 100 habitantes) com 198,44 acessos para cada 100 pessoas. [70] O codigo de discagem a distancia, DDD, para ligar para Salvador de Bahia é 71.[71] Outras cidades podem usar DDD 73,74,75,77. [72]

Saúde

Hospital da Bahia, hospital particular localizado na capital.

A saúde na Bahia não é das melhores do país, problemas típicos da saúde brasileira ocorrem no estado. Algumas doenças tem altos índices de doentes, como o câncer de mama, que, de acordo com a Sociedade Brasileira de Mastologia, atinge cerca de dois mil novos casos anualmente.[73] Apesar disso, certas práticas que poderiam salvar muitas vidas não são comuns no estado, a exemplo da doação de órgãos. 60% das famílias baianas se recusam a doar órgãos de parentes, índice bem maior do que a média nacional que é de 25%.[74]

Entre as doenças mais comuns, estão a dengue e a meningite, as quais estão alastrando-se por todo o território baiano e não apenas infectam os baianos, mas também provocam a morte.[75][76]

Na parte da estrutura, destaca-se o Hospital Geral do Estado (HGE) na Bahia, mas também há outros como o Hospital Santo Antônio, Hospital Sarah Kubitschek, Complexo Hospitalar Universitário Professor Edgard Santos.

As ciências médicas estão também organizadas, assim, as sociedades científicas Academia de Medicina da Bahia e Academia de Medicina de Feira de Santana desenvolvem e publicam as pesquisas médicas dos especialistas baianos.

Cultura

Ver artigo principal: Cultura da Bahia

Esporte

Museus

Alguns museus da Bahia são Museu Afro-Brasileiro, Museu de Arte da Bahia, Museu de Arte Moderna da Bahia, Memorial dos Governadores Bahia, Museu Carlos Costa Pinto, Museu Henriqueta Catharino, Fundação Casa de Jorge Amado e Museu Geográfico da Bahia. No interior do estado, destaca-se o Museu Histórico de Jequié, com um importante acervo sobre a história e cultura da região sudoeste. O Museu dos Humildes em Santo Amaro, arte sacra, o Hansen em Cachoeira, o Danneman em São Felix, com sua Bienal do Recôncavo.

Elevador Lacerda.

Festas

Na Bahia, ocorrem várias festas durante o ano todo. As principais são a Lavagem do Senhor de Bonfim, o Carnaval da Bahia e as diversas micaretas que ocorrem no ano todo sendo este evento momesco fora de época uma criação baiana. Há também a Festa junina São João com destaque para a cidade de Cruz das Almas e Irecê que todos os anos trazem grandes atrações da música brasileira. Ainda tem a tradicional Vaquejada de Serrinha, que acontece sempre junto ao feriado de 7 de setembro.

Em Salvador, acontece sempre, no começo do ano, o Festival de Verão de Salvador. Em Vitória da Conquista, durante o inverno, acontece o Festival de Inverno.

Literatura

Ver artigo principal: Academia de Letras da Bahia

Escritores baianos possuem relevância história ao aparecerem como representantes maiores do Barroco no Brasil: Gregório de Matos, Botelho de Oliveira e Frei Itaparica. Na Bahia apareceram também as primeiras Academias literárias, a Academia dos Esquecidos (1724-1725) e a Academia Brasílica dos Renascidos (1759). Cabe salientar que na época havia os cronistas-mor nomeados pelo rei de Portugal e que as academias eram tidas como seguidoras da moda das academias em Portugal [77] mas também representariam algum tipo de sentimento nativista do meio intelectual, já bastante desenvolvido em território baiano.

No período mais recente, temos uma Bahia pródiga de autores imortais, como Castro Alves, Adonias Filho, Jorge Amado, e João Ubaldo Ribeiro. Os dois últimos são autores excepcionais, de literatura fácil e rica de detalhes sobre a Bahia. São, ao mesmo tempo, radiografias da vida no estado. No entanto, ao se falar em romances, a "produção" está reduzida, restringe-se a pequenos versos e passagens que remontam o estilo medieval e ao famoso romance, Gabriela Cravo e Canela,do escritor brasileiro Jorge Amado, publicado em 1958. A obra é um retorno ao ciclo do cacau, entrando no universo de coronéis, jagunços e prostitutas que desenham o horizonte da sociedade cacaueira da época. Na década de 20 na então rica e pacata Ilhéus, ansiando progressos, com intensa vida noturna litorânea, entre bares e bordéis, desenrola-se o drama, que acaba por tornar-se uma explosão de folia e luz, cor, som, sexo e riso..[78] Paralelamente, a literatura de cordel persiste principalmente no sertão, onde violeiros transmitem a tradição cordelista por meio de sua cantoria.[78]

Ficheiro:Artesanato mercadomodelo ssa ba.jpg
Barraca de artesanatos em frete ao Mercado Modelo.

Artesanato

No campo do artesanato da Bahia, destacam-se a cerâmica decorativa, marca da influência indígena, a renda de bilros e outros tipos de bordados, bonecas de pano, os santeiros e carrancas, objetos feitos de couro, metal, pedras e os destinados à cozinha, como o pilão e gamela.[78]

Música

Nas últimas décadas, a Bahia tem sido um verdadeiro celeiro musical. Surgiram muitos artistas (músicos, instrumentistas, cantores, compositores e intérpretes) de grande influência no cenário musical nacional e internacional. Tendo a maior cidade das Américas durante muitos séculos, sua capital foi local dos nascimentos, a partir da influência africana, do samba de roda, seu filho samba, o lundu e outros tantos ritmos, movidos por atabaques, berimbaus, marimbas - espalhando-se pelo resto do Brasil, e ganhando o mundo.

Na Bahia nasceram expoentes brasileiros do samba, do pagode, do tropicalismo, do rock nacional, da bossa nova, axé e samba-reggae. Alguns dos principais nomes são Dorival Caymmi, João Gilberto, Astrud Gilberto, Gilberto Gil, Caetano Veloso, Gal Costa, Maria Bethânia, Tom Zé, Novos Baianos, Raul Seixas, Marcelo Nova, Pitty, Bira (do Sexteto do Jô), Carlinhos Brown, Daniela Mercury, Ivete Sangalo, Luiz Caldas, Margareth Menezes, Dinho (do Mamonas Assassinas) etc.

Praia do Farol da Barra cheia de banhistas, um dia antes da abertura do carnaval de 2008

Carnaval

Ver artigo principal: Carnaval de Salvador

A história começou em 1950, quando Dodô e Osmar inventaram o Trio Elétrico. O negro reconquista sua identidade e ganha força nos Filhos de Gandhi, o Olodum, e blocos como o Ilê Aiyê, que une música ao trabalho social. O Carnaval de Salvador é atualmente a maior festa popular do planeta e bate recordes contando com mais de 2 700 000 foliões em seis dias de festa. Durante o período do carnaval de Salvador, dezenas dos cantores mais famosos do Brasil desfilam nos trios elétricos como, Ivete Sangalo, Daniela Mercury e muitos outros.

Culinária no Pelourinho (Salvador da Bahia).

Culinária

Ver artigo principal: Culinária da Bahia

Do candomblé ou do tabuleiro da baiana do acarajé brotam o acarajé, o abará, o vatapá e tantos pratos temperados pelo azeite de dendê, festejando aos santos, como o caruru ou festejando a vida, como a moqueca e o quindim, a Bahia tem uma grande variedade de pratos típicos.

Dialeto

Ver artigo principal: Dialeto baiano

Diferentemente da satirização feita pelos grandes meios de comunicação, o dialeto falado na Bahia, segundo alguns linguistas, seria parte integrante do grupo sulista, sendo, portanto, um dialeto próprio, assim como os dialetos do nordeste. Entretanto, algumas gírias soam estranhas para outras regiões do país, como os famosos oxente, massa (no sentido de coisa boa) e aonde (utilizado para negar uma frase).

Cinema

O cinema na Bahia é promovido e incentivado pela Diretoria de Artes Visuais e Multimeios (DIMAS), além da Associação Baiana de Cinema e Vídeo (ABCV / ABD-BA), membro da Associação Brasileira de Documentaristas e Curta-metragistas.

Anúncio em um outdoor para a XXXIV Jornada Internacional de Cinema da Bahia.

Na Bahia, ocorrem vários festivais e encontros de cinema e cineclubismo, entre eles:

  • Bahia Afro Film Festival, em Salvador;[79]
  • Encontro Baiano de Animação, em Salvador.[80]
  • Feira Mostra Filmes, em Feira de Santana;[81]
  • Festival Brasilidades, em Feira de Santana;[82]
  • Festival Nacional de Vídeo - A Imagem em 5 Minutos, em Salvador;[83]
  • FIM! - Festival da Imagem em Movimento, em Salvador;[83]
  • Jornada Internacional de Cinema da Bahia, em Salvador;[83]
  • Mostra Cinema Conquista, em Vitória da Conquista;[84]
  • Seminário Internacional de Cinema e Audiovisual, em Salvador.[85]
  • Vale Curtas - Festival Nacional de Curtas-Metragens do Vale do São Francisco, em Juazeiro e Petrolina;[86]

Também há várias produções cinematográficas nacionais que possuem como tema a Bahia ou algo a ela relacionado, a exemplo de Cidade Baixa e Ó Paí, Ó.

O estado também é berço de grandes nomes do cinema nacional, como os atores Lázaro Ramos , Wagner Moura ,Priscila Fantin,João Miguel,Othon Bastos e Emanuelle Araújo e os cineastas Glauber Rocha e Roberto Pires.

Valorizando o cinema baiano, a TVE-BA exibe às sextas-feiras, a sessão de filmes Sextas Baianas.[87] E a DIMAS exibe a sessão Quartas Baianas, especialmente dedicada ao resgate e à valorização da produção local, com entrada franca, na Sala Walter da Silveira, às quartas-feiras, às 8h da noite.[88]

Pontos turísticos

Ver artigo principal: Turismo na Bahia

Outra principal indústria é o turismo, ao longo da costa da Bahia, que é o estado brasileiro com o maior litoral, as bonitas praias e os tesouros culturais fazem-lhe um dos principais destinos turísticos do Brasil. Além da ilha de Itaparica e Morro de São Paulo, há um grande número de praias entre Ilhéus e Porto Seguro, na costa sudeste, o norte litoral da área de Salvador, esticando para a beira com Sergipe, transformou-se um destino turístico importante, o qual ficou conhecido como Linha Verde. A Costa do Sauípe contém um dos maiores hotéis-resorts do Brasil.

No ecoturismo, se destaca a Chapada Diamantina. Região apontada por entidades turísticas, brasileiras e estrangeiras, como melhor destino do País.

Segundo a pesquisa Hábitos de Consumo do Turismo Brasileiro 2009, realizada pelo Vox Populi em novembro de 2009, a Bahia é o destino turístico preferido dos brasileiros,[89] já que 21,4% dos turistas que pretendem viajar nos próximos dois anos optarão pelo estado. A vantagem é grande para os demais, Pernambuco, com 11,9%, e São Paulo, com 10,9%, estão, respectivamente, em segundo e terceiro lugares nas categorias pesquisadas.

Religião

Fachada principal da Igreja de Nosso Senhor do Bonfim

O catolicismo é a religião dominante no estado, e também a primeira forma organizada de culto que se introduziu no país, desde a celebração da primeira missa no Brasil. Em Salvador foi erguida a primeira igreja em solo brasileiro, graças à Catarina Paraguaçu, onde hoje é o bairro da Graça. A capital baiana possui centenas de templos católicos, sendo a cidade a sede do governo católico no país, morada do Arcebispo Primaz. A padroeira do estado é Nossa Senhora da Conceição da Praia, cujo templo é alvo de culto. Apesar disso, o mais famoso é o culto ao Senhor do Bonfim, sendo considerado popularmente como padroeiro.[90] Possui ainda centro de peregrinação de Bom Jesus da Lapa, alvo de romarias anuais, além das igrejas seculares do Recôncavo com suas novenas. Possui a Arquidiocese de Vitória da Conquista,Arquidiocese de Feira de Santana entre outras. Ressalta dentro do catolicismo as figuras das freiras Joana Angélica, Irmã Dulce e Irmã Lindalva.

O sincretismo, entretanto, com as religiões de origem africana, que na Bahia mais que em qualquer outra parte do país se mantiveram vivas, veio a misturar o candomblé com o catolicismo (como a Irmandade da Boa Morte e a Irmandade dos Homens Pretos) e outras variantes cristãs. Surgiu ali, então, religiões mistas, como o Cabula e a Umbanda. Sobressai, neste campo, a figura cultuada de Mãe Menininha do Gantois, e os terreiros como o Opo Afonjá, além de toda uma cultura que permeia as crenças do povo baiano.

Desde o início do século XX, a Bahia é palco de missões evangélicas protestantes, que redundaram na capital na fundação do Colégio Dois de Julho e na presença de missionários como Henry John McCall. Hoje, todo o estado testemunha o crescimento das múltiplas denominações cristãs.

Feriados

Data Nome Observações
2 de julho Independência da Bahia Em comemoração ao fato histórico ocorrido nesta data.

Personalidades

Ver também a categoria: Naturais da Bahia
Rui Barbosa. Castro Alves. Anísio Teixeira.
Caetano Veloso. Gilberto Gil.
Gal Costa. Ivete Sangalo. Daniela Mercury.
Acelino Freitas (Popó). ACM. Adriana Lima.

A Bahia é o berço de personalidades nacionais e internacionais, tais como:

Na pintura, destaca-se o famoso Mário Cravo com obras espalhadas pelo Brasil, além de Carybé, Sante Scaldaferri, Lucília Fraga, Prisciliano Silva e Mendonça Filho.

Na música, os exemplos mais conhecidos são João Gilberto (criador da Bossa Nova)[91], Gilberto Gil, Caetano Veloso, Maria Bethânia, Gal Costa, Tom Zé, Assis Valente, Simone, na MPB; Margareth Menezes, Daniela Mercury, Ivete Sangalo no axé; Raul Seixas, Pitty,Pepeu Gomes, Marcelo Nova e Dinho, do Mamonas Assassinas, no rock; no brega, Anísio Silva e Waldick Soriano; era baiano Xisto Bahia, o primeiro cantor a ter sua obra gravada em disco no país, como também é da Bahia um dos maiores estudiosos de nossa música popular, Ricardo Cravo Albin.

Nos esportes, destacam-se Tony Kanaan (campeão da Fórmula Indy), Dida, o ex-goleiro da Seleção de Futebol, jogador de futebol da seleção brasileira e atualmente no Barcelona Daniel Alves, Popó, pugilista campeão mundial em duas categorias do boxe, o lutador de MMA Antônio Rodrigo Nogueira e seu irmão gemeo também lutador de MMA Rogério Nogueira, Ricardo, formando dupla com Emanuel, conquistaram a inédita medalha de ouro nas Olimpíadas de Atenas-2004 no vôlei de praia[92] e o ex-jogador de futebol da seleção brasileira tetra campão Bebeto.

Nas artes cênicas (teatro, cinema e televisão) estão importantes atores como Lázaro Ramos, Priscila Fantin, Wagner Moura,João Miguel , Regina Dourado,Fábio Lago , Zéu Britto, Giovanna Gold, Othon Bastos, Antonio Pitanga o humorista Claudio Manoel e o cineasta Glauber Rocha.

Dentre modelos, pode-se citar Adriana Lima, Ingra Liberato, esta última também atriz, e a eterna Miss Brasil Martha Rocha e a miss Universo 1968 Martha Vasconcellos.

Na política, desde os tempos do Império, diversos baianos se destacaram no cenário nacional, como o Marquês de Abrantes, Visconde do Rio Branco, Luís Viana, Cezar Zama, Hermes Lima, Antônio Carlos Magalhães, Antônio Carlos Magalhães Neto, Newton Cardoso e o ex-presidente Itamar Franco, dentre outros tantos.

Na literatura, é grande a contribuição cultural baiana, desde os inícios das letras no país, com Gregório de Matos e Frei Vicente do Salvador; Castro Alves, Jorge Amado,Afrânio Peixoto, Dias Gomes, Luís Gama, Adonias Filho, João Ubaldo Ribeiro, Emídio Brasileiro e muitos outros.

Na geografia, Teodoro Sampaio e Milton Santos são expoentes do estado.

Notas e referências

Notas

Na variante europeia da língua portuguesa (destacando aí Portugal), a grafia também correta e usual é Baía; os dicionários portugueses como o da Porto Editora,[93][94][95] da Texto Editores e o da Academia de Ciências de Lisboa, que é o Dicionário da Língua Portuguesa Contemporânea, definem a palavra baiano como alguém que é originário do estado brasileiro da Baía, não utilizando a grafia Bahia.

A grafia Bahia não respeita as regras usuais da atual ortografia da língua portuguesa, mas estava consagrada como exceção no Formulário Ortográfico de 1943, ponto 42. O AO 1990 não discute o assunto: não confirma a exceção, nem explicitamente a anula.[96][97] Ainda que a grafia Bahia seja quase universalmente adotada pela população brasileira de falantes da língua, tal grafia continua a suscitar dúvidas aos gramáticos e lexicógrafos. Por exemplo, Evanildo Bechara, um dos mais reputados ortógrafos e lexicógrafos brasileiros, considera a grafia Bahia, «um capricho imposto à nação»[98] Napoleão Mendes de Almeida[99] qualifica a grafia Bahia como «espúria».

Cachoeira é a segunda capital do estado, de acordo como a Lei Estadual 10 695/07. Todos os anos, no dia 25 de junho, o governo estadual é transferido para a cidade, num reconhecimento histórico pelas lutas na Independência da Bahia.[100]

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Outras referências

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  • Dicionário de Autores Baianos, SEC, Salvador, 2006.
  • Guia Cultural da Bahia (volumes 1 a 9), Sec. de Cultura e Turismo, Salvador, 1999.
  • Anuário Estatístico da Bahia, SEI, Salvador, 2002 (ISSN 0102-0676)
  • SOUZA, Antonio Loureiro de, Baianos Ilustres, Salvador, s/ed, 1949.
  • Portal Educacional. Enciclopédia Educacional: Verbete BAHIA (estado). Acesso em 21 de abril de 2008.
  • FOLGUEIRA, Manoel Rodrigues. Álbum Artístico, Commercial e Industrial do Estado da Bahia. Rio de Janeiro: Edição Folgueira, 1930.
  • MAGALHÃES, Juracy. GUEIROS, José Alberto. O Último Tenente. São Paulo: Editora Record, 1996.
  • _________. Quatro Séculos de História da Bahia. Salvador: Revista Fiscal da Bahia, 1949.

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